Mito ou verdade: treinar em jejum queima mais gordura?

A ideia de treinar em jejum, especialmente logo pela manhã, tem conquistado cada vez mais adeptos nas academias. A prática costuma ser defendida por quem busca acelerar a queima de gordura corporal, já que, em teoria, o corpo teria menos glicose disponível e passaria a utilizar os estoques de gordura como fonte de energia.

Mas será que isso é mesmo verdade ou apenas mais um mito do mundo fitness? Confira nosso artigo para descobrir a verdade e bons treinos!

 

O que acontece no corpo ao treinar em jejum?

Durante o jejum, os níveis de glicogênio (energia armazenada nos músculos e no fígado) estão reduzidos. Isso faz com que o corpo precise buscar energia em outras fontes, como a gordura. Essa explicação ajuda a sustentar o argumento de que treinar em jejum seria mais eficiente para o emagrecimento.

No entanto, o processo não é tão simples. O corpo humano é adaptável e tende a preservar suas reservas energéticas. Por isso, dependendo da intensidade do treino, o organismo pode usar também a massa muscular como combustível, o que pode gerar perda de desempenho e até dificultar a hipertrofia.

 

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O que a ciência diz sobre treinar em jejum?

Pesquisas têm comparado o impacto de treinar em jejum versus após a ingestão de alimentos. Um estudo publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition (2014) concluiu que não há diferenças significativas na perda de gordura corporal entre os dois métodos quando se observa o resultado em longo prazo.

Em resumo, treinar em jejum não garante maior queima de gordura do que treinar alimentado. O fator determinante continua sendo o balanço energético diário — isto é, a relação entre calorias consumidas e calorias gastas ao longo do dia (Schoenfeld et al., 2014).

Veja também: Qual é mínimo de atividade física recomendada pela OMS?

 

Vantagens do treino em jejum

Praticidade: muitas pessoas preferem treinar cedo, sem gastar tempo preparando e digerindo uma refeição.

Conforto: quem sente desconforto ao treinar de estômago cheio pode se beneficiar da prática.

Adaptação pessoal: algumas pessoas relatam se sentir mais leves e com mais disposição em jejum.

 

Desvantagens do treino em jejum

Risco de queda de desempenho: a falta de energia disponível pode prejudicar treinos de alta intensidade.

Maior fadiga: a sensação de cansaço e falta de foco pode aparecer com mais frequência.

Perda muscular: em treinos muito longos, o corpo pode recorrer à massa muscular como fonte de energia.

 

Veja também: Dá pra emagrecer treinando 2 vezes por semana?

 

Então, é mito ou verdade?

O treino em jejum não é um método milagroso de queima de gordura. Ele pode ser uma opção válida para quem se adapta bem a essa prática, mas não é superior ao treino alimentado em termos de emagrecimento.

O fator mais importante continua sendo a regularidade dos treinos, a intensidade adequada e uma alimentação equilibrada ao longo do dia.

Se o objetivo for performance, hipertrofia ou treinos muito intensos, geralmente é mais recomendado comer antes de treinar. Já se o foco for conveniência ou bem-estar pessoal, o treino em jejum pode ser uma alternativa, desde que respeite os limites do corpo.

 

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Em resumo: treinar em jejum não queima mais gordura por si só. O que realmente conta é manter constância nos treinos e uma dieta bem ajustada às suas metas e uma frequência consistente na academia – não em exagero, mas o suficiente para manter o déficit calórico.

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